“As equipas médicas localizaram uma terceira vala comum dentro do Complexo Médico Al-Shifa e foram exumados, até ao momento, 49 mártires”, afirmaram as autoridades de Gaza num comunicado publicado na rede social Telegram.
As autoridades israelitas ainda não comentaram o assunto.
“As operações de exumação não terminaram e esperamos encontrar dezenas de corpos”, referiram a nota, acusando as tropas israelitas de “executarem quase 400 mártires, incluindo pessoal médico, administrativo, ferido, doente e deslocado” durante as suas operações nas instalações do hospital.
O comunicado referiu que a descoberta de hoje “eleva para sete o número de valas comuns localizadas no interior de hospitais” em Gaza. Uma vala comum foi descoberta no hospital Kamal Aduan, três em Al-Shifa e outras três no hospital Nasser, segundo as autoridades de Gaza.
“Até agora, foram recuperados 520 mártires dessas sepulturas”, afirmou, denunciando “as ações do Exército israelita dentro dos centros médicos”.
“Pedimos às Nações Unidas e a todas as organizações internacionais que condenem estes crimes atrozes. Responsabilizamos totalmente a Administração dos Estados Unidos, a comunidade internacional e a ocupação israelita por estas valas comuns e pelo crime flagrante contra a humanidade”, sublinhou.
Apelaram a “todos os países do mundo livre para que pressionem a ocupação (Israel) para acabar com esta guerra genocida e a guerra contra o setor da saúde e os hospitais” e abertura de uma investigação internacional independente sobre os crimes contra a humanidade cometidos pela ocupação contra o pessoal médico, os feridos, os doentes, os deslocados e os civis em geral”, afirmaram as autoridades de Gaza.
O exército israelita respondeu às acusações sobre as valas comuns em Al-Naser classificando-as como “completamente infundadas”, enquanto as Nações Unidas apelaram a uma investigação “independente, eficaz e transparente” devido às denúncias sobre pessoas que teriam sido enterradas vivas ou com marcas de execução.
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