“Prevenimos a União Europeia mais que uma vez sobre o caráter destrutivo do seu comportamento”, referiu em comunicado o ministério russo dos Negócios Estrangeiros mas sem indicar o motivo preciso desta decisão que, no entanto, coincide com as crescentes críticas europeias desde o alegado envenenamento do opositor Alexei Navalny.
O ministério limitou-se a precisar que a lista de indivíduos e das organizações europeias banidas foi alargada para estar “em paridade” com a lista elaborada pela UE e dirigida à Rússia.
“Se a EU prosseguir com esta abordagem conflituosa, reservamo-nos no direito de tomar as medidas adequadas”, prossegue o comunicado.
Hoje, a porta-voz da diplomacia russa Maria Zakharova, sem estabelecer uma relação destas sanções com o caso de presumível envenenamento, denunciou “a campanha de desinformação em torno do cidadão russo Navalny orquestrada pelos países ocidentais, os seus dirigentes, os seus representantes oficiais”.
“Simplesmente, consideramos esta retórica inaceitável. Não existe qualquer prova contra a Rússia”, disse.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, evocou recentemente a possibilidade de uma “lei Navalny”, como veículo para eventuais sanções. A Alemanha também admitiu refletir sobre medidas punitivas.
Os países da UE apelaram à Rússia para esclarecer o que definem como tentativa de assassinato, e que Moscovo recusa ao considerar não existir qualquer indício sobre a prática de um crime.
Alexei Navalny sentiu-se mal durante um voo, na Rússia, em 20 de agosto, e foi de início admitido num hospital siberiano antes de ser transferido para a Alemanha, onde as análises laboratoriais indicaram envenenamento por Novitchok, uma substância neurotóxica concebida por especialistas soviéticos e com fins militares.
Moscovo denunciou as “acusações infundadas” e acusou a Alemanha de não partilhar o dossier médico de Navalny.
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