Poucos dias após o ataque na ponte que liga a Rússia à Crimeia, e depois de Vladimir Putin ter considerado esta explosão como um "ato terrorista", a cidade de Kiev acordou esta manhã de segunda-feira com várias explosões, uma delas bem no centro da capital ucraniana, tendo sido reportados também outros ataques em várias cidades ucranianas.
Nas redes sociais circulam já vários vídeos de alguns pontos de fumo na cidade, havendo ainda relatos de "pelo menos dez mortes e 60 feridos" após este ataque, que foi confirmado pelo autarca de Kiev, Vitali Klitschko. "Várias explosões no distrito de Shevchenkivskyi, no centro da capital", disse nas redes sociais.
O embate dos primeiros mísseis terá ocorrido pelas 8h15 locais (menos duas em Portugal), com os mais recentes a terem atingido as cidades pelas 9h30.
O presidente ucraniano, aliás, já reagiu a estes ataques, acusando a Rússia de querer destruir o seu povo. "Estão a tentar destruir-nos. Estão a destruir o povo que estava a dormir em casa em Zaporíjia, a matar as pessoas que vão trabalhar em Dnipro e Kiev. O alarme aéreo não diminui em toda a Ucrânia. Infelizmente, há mortos e feridos", disse Zelensky esta manhã, pedindo aos ucranianos que não "saiam dos abrigos", salientando também estes ataques visavam infraestruturas de energia na Ucrânia.
"Eles querem pânico e caos, querem destruir o nosso sistema de energia. O segundo alvo são as pessoas. O momento e os alvos foram especialmente escolhidos para causar o máximo de danos possíveis."
75 mísseis disparados
Esta é a primeira vez que Kiev é atingida em muitos meses, concretamente desde 26 de junho, havendo referências de outros ataques com mísseis em outras cidades ucranianas, nomeadamente em Kharkiv, Zaporíjia, Mykolaiv e Dnipro, conforme confirmou o governo de Volodymyr Zelensky.
Aliás, segundo revelou o ministério da defesa da Ucrânia, a Rússia terá realizado um ataque concertado com um total de, pelo menos, 75 mísseis, em algumas das principais cidades ucranianas. 41 dos quais terão sido destruídos pelas defesas antiaéreas, salientou Anton Gerashchenko, conselheiro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia.
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