“Considerámos e continuamos a considerar que é necessário um contacto com formato mais amplo, agenda fixa e participação de delegações de ambos os países”, disse o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, à agência oficial RIA Novosti.
Riabkov insistiu na ideia de que uma reunião ao mais alto nível “é agora muito necessária” e perspetivou que a exigência do encontro está a aumentar com o passar dos meses.
Na sua opinião, “a falta de vontade política” em Washington de trabalhar com a Rússia “em pé de igualdade” agrava ainda mais as relações bilaterais e as discrepâncias em matéria de segurança internacional.
Recentemente, o Kremlin lamentou o cancelamento da reunião prevista no âmbito da cimeira do G20, em Buenos Aires, depois de o mesmo ter acontecido várias semanas antes em Paris, durante a evocação do centenário da I Guerra Mundial.
Trump decidiu suspender a reunião no último momento, devido à retenção, em 25 de novembro, de três barcos ucranianos por guardas costeiros russos no mar Negro, de que Putin teve conhecimento quando viajava de avião rumo à capital argentina.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, acusou a elite política norte-americana de torpedear as intenções de Trump de normalizar as relações com o Kremlin.
Devido à falta de contactos, fica também comprometida a possível visita de Putin aos Estados Unidos na primeira metade do ano e a de Trump à Rússia.
Na semana passada, na sua conferência de imprensa anual, Putin acusou os EUA de aumentarem o risco de uma guerra nuclear ao renunciarem aos tratados de desarmamento, enquanto elogiava a decisão de Trump de retirar as tropas norte-americanas da Síria, apesar de pôr em dúvida o cumprimento da medida.
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