“Estamos a implementar o regime de emergência a nível regional”, afirmou hoje o governador da região de Kurgan, Vadim Shumkov, na rede social Telegram.

O governador afirmou que a situação “é imprevisível” e apelou à população para que abandone imediatamente as suas casas e não corra riscos desnecessários.

Segundo as autoridades locais, mais de 60 outras localidades podem ser inundadas pelos rios Tobol, Uy, Iset e Miass.

No início do dia, o governador da região de Tyumen, Alexandr Moor, anunciou o estabelecimento antecipado do estado de emergência devido a possíveis inundações dos rios Tobol e Ishim.

Na segunda-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, deu instruções ao governo para criar uma comissão especial para lidar com a situação nas regiões afetadas.

O número de casas inundadas na região de Orenburg (sul da Rússia), atingida pelas cheias do rio Ural desde sexta-feira à noite, aumentou para mais de 10.000, enquanto o número de pessoas evacuadas ultrapassa as 6.000, segundo as autoridades locais.

Só em Orsk, uma cidade com quase 200.000 habitantes, onde as autoridades descreveram domingo a situação como crítica, mais de 6.500 casas foram inundadas.

As autoridades advertem que o pico das inundações ainda não foi ultrapassado e que a normalização do nível das águas do rio Ural só deverá ocorrer no final do mês.

As cheias do Ural provocaram a rutura de uma barragem e a água inundou a parte antiga de Orsk, levando as autoridades a declarar o estado de emergência regional no dia 04, que foi aumentado domingo para o nível federal.

As três regiões russas fazem fronteira com o Cazaquistão, onde as inundações foram descritas no sábado como a pior catástrofe natural dos últimos 80 anos pelo Presidente cazaque, Kasim-Yomart Tokayev.