“Esta madrugada, durante uma tentativa de chegar a Moscovo, as forças de defesa aérea destruíram um drone. Os destroços do drone caíram na área do Centro de Exposições e não causaram danos significativos ao edifício”, disse o autarca da capital.

Os serviços de emergência da capital estão no local e, de acordo com informações iniciais, não foram identificadas vítimas mortais ou feridos, acrescentou Sergei Sobyanin.

“O colapso parcial de uma parede externa foi detetado num dos pavilhões do Centro de Exposições”, avançou a agência de notícias estatal russa TASS, citando os serviços de emergência.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que o ataque foi realizado às 04:00 (02:00 em Lisboa) e que tinha como alvo “objetos localizados em Moscovo e na região de Moscovo”.

O Centro de Exposições situa-se a cerca de cinco quilómetros do Kremlin, a sede do Governo da Rússia.

O espaço aéreo perto do Aeroporto Internacional Vnukovo, um dos aeroportos que serve a capital russa, foi encerrado durante algum tempo e as partidas e chegadas foram adiadas, acrescentou a TASS.

Também esta madrugada, o Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de atacar com drones navais de superfície dois dos seus barcos de patrulha a 237 quilómetros a sudoeste de Sebastopol, no Mar Negro, às 22:55 (20:55 em Lisboa).

De acordo com um comunicado, citado pela TASS, o ataque foi dirigido contra os barcos de patrulha Pytlivyi e Vasily Bykov, que conseguiram destruir os drones com as suas próprias armas.

O ministério recordou que em 04 de agosto o exército ucraniano tinha atacado a base naval de Novorossiysk, onde se situa um dos principais portos russos do Mar Negro, com dois drones semelhantes.

Os ataques de drones em territórios controlados pela Rússia aumentaram nas últimas semanas, tendo principalmente como alvo Moscovo e a península da Crimeia, anexada pelos russos em 2014.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu, em 30 de julho, que a guerra estava a “regressar gradualmente ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares”.

Drones navais atacaram navios russos em várias ocasiões nas últimas semanas, desde que Moscovo se recusou, em meados de julho, a renovar um acordo mediado pela ONU que permitia a exportação de cereais ucranianos.

O primeiro cargueiro que saiu da Ucrânia após o fim do acordo sobre cereais chegou na quinta-feira a águas da Turquia, apesar do cerco russo.

Zelensky afirmou que o cargueiro percorreu a rota de “um novo corredor humanitário” definido por Kiev, depois de a Rússia ter procedido, no fim de semana passado, a disparos de advertência contra um navio de mercadorias que se dirigia para Izmail, um porto do rio Danúbio, no sul da Ucrânia.