“Há três dias que o inimigo realiza intensas operações ofensivas na região de Kursk, utilizando ativamente unidades do exército norte-coreano”, que já “sofreram pesadas perdas”, disse Syrsky.

O general ucraniano assegurou que as tropas ucranianas “mantiveram firmemente” as linhas de defesa, “destruindo pessoal e equipamento inimigo”.

O serviço de informações militares ucraniano (GUR) disse na segunda-feira que “pelo menos 30 soldados” norte-coreanos, a combater ao lado do Exército russo, foram feridos ou mortos no sábado e domingo na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Hoje, as forças especiais ucranianas garantiram ter matado 50 soldados norte-coreanos e ferido outros 47 na região de Kursk.

Enfrentando uma invasão de Moscovo há quase três anos, a Ucrânia lançou no início de agosto uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk, a mais importante em território russo desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parte desta zona.

Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar o Exército russo, segundo vários serviços de informações ocidentais.

O Kremlin tem evitado as perguntas sobre o assunto, não querendo confirmar esta informação e Pyongyang não confirma nem desmente esta mobilização das suas tropas.

A Rússia e a Coreia do Norte assinaram nos últimos meses um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro, cujo artigo 4.º prevê “ajuda militar imediata” em caso de agressão armada de países terceiros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no sábado que as tropas norte-coreanas que combatem pela Rússia estavam a realizar ataques na região russa de Kursk, onde a Ucrânia ainda ocupa várias centenas de quilómetros quadrados.

A Ucrânia afirmou que a Rússia reuniu cerca de 50 mil soldados, incluindo vários milhares de militares norte-coreanos, para recuperar o controlo total da região de Kursk.