“O inimigo está definitivamente a tentar abafar a resistência dos defensores de Mariupol na zona de Azovstal. Eles retomaram os ataques aéreos no território da fábrica, na zona de defesa das nossas tropas, e estão a tentar levar a cabo ações de assalto”, afirmou, em declarações durante um briefing citadas pela agência Ukrinform.
Oleksiy Arestovych realçou, porém, que as defesas da cidade estão a tentar resistir, apesar da situação difícil, e que as tropas ucranianas estão mesmo a levar a cabo contra-ataques. Segundo a agência Ukrinform, cerca de 1.000 civis e militares ucranianos estão no complexo industrial de Mariupol, dos quais cerca de 500 estarão feridos.
Paralelamente, as autoridades ucranianas estão a exigir que os russos estabeleçam um corredor humanitário urgente a partir de Azovstal, num momento em que permanecem sitiados na cidade aproximadamente 120 mil civis.
Petro Andryushchenko, conselheiro do presidente da câmara de Mariupol, disse que os ocupantes estão a “limpar” os escombros do teatro da cidade, que foi bombardeado por tropas russas, retirando os cadáveres.
Os corpos estarão a ser embrulhados em sacos de plástico e levados em camiões e tratores para uma zona industrial e de lá para a cidade de Mangush, onde são despejados numa trincheira de 300 metros, afirmou este responsável numa mensagem publicada na rede social Telegram, citada pela agência noticiosa Unian.
Andryushchenko denunciou também que as forças russas deportaram 308 residentes, incluindo 90 crianças, de Mariupol para Vladivostok, no leste da Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU — a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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