Na conferência de imprensa a seguir ao primeiro Conselho de Ministros do novo executivo, Isabel Celaá esclareceu que nesta reunião não foi tratado o possível conteúdo do encontro entre os líderes nacional e regional, mas insistiu que a resolução do conflito catalão é uma questão “prioritária”, com o objetivo de “normalizar” a situação.
A porta-voz, que também é a número dois do Governo, indicou que a integridade territorial é “o principal problema” do país e disse que, para resolvê-lo, é necessário estar-se aberto ao diálogo e transmitir à sociedade esse espírito de normalização.
Segundo avançou, Pedro Sánchez pretende reunir-se bilateralmente com “todos e cada um” dos mandatários autonómicos, incluído o presidente do Governo catalão, Quim Torra.
Celaá sublinhou que o direito à autodeterminação ou o direito da Catalunha decidir o seu destino é uma questão que fica “absolutamente fora” do encontro entre os dois líderes que ainda não está marcada.
Os partidos independentistas ganharam as últimas eleições catalãs e o novo Governo regional (Generalitat) insiste que o seu objetivo é conseguir a independência da Comunidade Autónoma.
O novo Governo espanhol do PSOE (Partido Socialista) diz que pretende abrir vias de diálogo com a Generalitat, mas sempre no respeito da Constituição espanhola, que apenas prevê a possibilidade de secessão de uma região se esta for votada por todos os espanhóis.
O executivo catalão anterior organizou um referendo de autodeterminação em 01 de outubro do ano passado em que só foram votar os eleitores independentistas da região e que foi considerada ilegal.
A porta-voz também revelou que Madrid decidiu levantar a supervisão das contas da Generalitat, nas mãos do Ministério da Fazenda (Orçamento) desde setembro de 2017, devendo a medida ser vista como um gesto de “normalidade política”, tendo confiança de que “funcionará bem”.
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