“Há muitos argumentos para termos mais quatro anos de avanços e de governo progressista. Por isso, o que vos posso pedir é que façamos um último esforço e dizer àqueles que estão indecisos, (…) sobretudo, os que estão indecisos entre ir ou não votar, que é um dia só e [depois] quatro anos de avanço e travamos o retrocesso. Um dia só”, afirmou.
Sánchez falava num comício em Getafe, no sul de Madrid, no encerramento da campanha do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) das legislativas de 23 de julho.
“No próximo domingo, em 23 de julho, todos a votar, em frente, vamos ganhar as eleições, vamos travar a direita e a ultra direita, que ninguém fique em casa”, insistiu, num discurso em que pediu aos eleitores para apostarem “tudo no vermelho”, a cor do PSOE.
As últimas sondagens, por imposição da lei espanhola, foram publicadas na segunda-feira passada e, com uma única exceção em dezenas de estudos, dão todas a vitória ao Partido Popular (PP, direita) e a derrota do PSOE, que colocam como segundo mais votado.
Sánchez garantiu hoje que, no entanto, “o avanço socialista é imparável”, que o PSOE vai ser o partido mais votado e que a plataforma de extrema-esquerda Somar, da ministra do Trabalho, será a terceira força, pelo que será reeditada a coligação atualmente no executivo e “vai haver mais quatro anos de governo progressista”.
“Caímos e levantámo-nos”, afirmou o líder do PSOE, que disse que o partido fez uma campanha em que, depois da queda, pedalou e faltam agora “uns metros para chegar ao sprint final” e “ganhar as eleições rotundamente”.
No último comício da campanha, Sánchez reiterou aquela que foi a sua principal mensagem nestas eleições: a da ameaça da entrada da extrema-direita no Governo, numa coligação do PP com o partido de extrema-direita VOX, como já acontece em três executivos regionais e de dezenas de municípios.
Sánchez insistiu em que as alianças PP/VOX são sinónimo de retrocesso em direitos e liberdades e na luta contra as alterações climáticas.
As sondagens dão a vitória ao PP nas eleições, mas sem maioria absoluta, que poderá conseguir com uma coligação com o VOX.
Nos últimos dias, o PP, depois de ter inicialmente admitido uma coligação com o VOX, tem dito que não quer governar com “os extremos”, que são “bloqueios”, e apelou à concentração do voto de direita nos populares.
Sánchez hoje insistiu em que nas eleições de domingo “não há outras opções” para além de dois governos de coligação, um de esquerda (PSOE e Somar) e outro de direita (PP e VOX)
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