“É muitíssimo preocupante. As autoridades iranianas, ao apresarem um petroleiro britânico, cometeram uma violação do direito internacional e do seu próprio dever de garantir a liberdade de circulação marítima”, disse Augusto Santos Silva.

O chefe da diplomacia portuguesa falava aos jornalistas à margem do 4.º Encontro da Rede de Ensino de Português no Estrangeiro, que decorre durante todo o dia de hoje em Lisboa.

“Faço minhas as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Jeremy Hunt. Vamos resolver isto por via diplomática, não vamos agravar os problemas. Já hoje há muitos problemas naquela região do mundo e devemos diminuir os problemas e não os agravar”, acrescentou o ministro.

O navio Stena Impero, de pavilhão britânico, foi apresado na sexta-feira pelas autoridades do Irão e encontra-se no porto de Bandar Abbas, no estreito de Ormuz, com os 23 tripulantes no seu interior por motivos de segurança, de acordo com os responsáveis iranianos.

Segundo as autoridades iranianas, o navio foi apreendido por “incumprimento do código marítimo internacional”.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, preside hoje a uma reunião interministerial de crise sobre a captura do petroleiro.

No sábado, o Reino Unido já tinha pedido ao Irão a libertação do petroleiro, considerando a apreensão “inaceitável”.

Candidato à sucessão de May no lugar de primeiro-ministro, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, disse que o executivo informará o parlamento das “medidas adicionais” que o Reino Unido pretende tomar, mas acrescentou que a prioridade é resolver a atual situação.

O governo britânico também enviou à ONU uma denúncia da apreensão do petroleiro pelo Irão “em violação do direito internacional”, negando a versão de incidente dada por Teerão.

França e a Alemanha já exortaram as autoridades iranianas a libertarem o petroleiro britânico.

Questionado também hoje sobre a suspensão das atividades da secção consular de Portugal em Teerão, Santos Silva reafirmou que tal se deve a questões de segurança da secção consular e não do país.

"Enquanto essa suspensão durar, será a embaixada de Espanha a representar Portugal para a emissão de vistos para que a circulação das pessoas não fique perturbada", disse.

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