Entre as 538 ocorrências estão 313 inundações em espaço privado, 103 inundações em espaço público, 48 quedas de revestimentos em edifícios, 27 quedas de árvores, 13 deslizamentos de terras e alguns buracos em estradas, indicou à Lusa fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

“Não temos vítimas a sinalizar”, referiu a mesma fonte.

“Temos alguns danos materiais em viaturas”, inclusive algumas ficaram parcialmente submersas e outras sofreram com a queda de árvores, apontou o Regimento de Sapadores Bombeiros.

Em termos de danos em edifícios habitacionais, há a registar “cerca de 20 pessoas desalojadas”, por causa de um edifício que está em risco na Rua Emídio Santana, na freguesia lisboeta de Santa Clara, “que apresentava, eventualmente, algum risco de estabilidade”, pelo que os moradores foram retirados “por precaução”, até avaliação por parte de engenheiros civis relativamente à segurança da estrutura do edificado.

O realojamento destas pessoas está a ser tratado pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa.

Relativamente à queda de revestimentos em edifícios, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa tem registo da queda parcial de um muro no Colégio Militar, na freguesia de Carnide, sem provocar feridos, nem danos materiais, à exceção da queda de um poste de eletricidade.

Os túneis do Campo Pequeno, Campo Grande, Avenida João XXI e Avenida de Berlim, em Lisboa, encontravam-se hoje, pelas 14:15, encerrados ao trânsito, assim como a Radial de Benfica e vários locais em Alcântara, informou a câmara municipal.

Num comunicado enviado às redações pelas 14:50, a Câmara Municipal de Lisboa fez uma atualização das estradas fechadas na cidade às 14:15, hora em que se encontravam encerradas a Avenida Infante D. Henrique junto ao Túnel Batista Russo, a Avenida de Santo Contestável, a Avenida 24 de Julho e a Avenida da Índia.

A essa mesma hora, também permaneciam fechadas artérias em Alcântara (vários locais), a Estrada de Chelas (desde a rotunda do Santo Contestável até ao Largo Marquês de Niza em Xabregas) e a Rua de Cima de Chelas.

Continuavam, às 14:15, encerrados os túneis do Campo Pequeno, Campo Grande (dois), Avenida João XXI e Avenida de Berlim, indicou a Câmara de Lisboa.

Durante a manhã, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), esteve a acompanhar no terreno as situações mais sensíveis, e deslocou-se ao Centro de Comando da Proteção Civil, em Monsanto.

Carlos Moedas disse que tem havido um “reforço constante” das equipas que estão a responder às ocorrências do mau tempo e sublinhou que há situações que não podem ser evitadas, pelas características da cidade.

Em declarações aos jornalistas em Alcântara, uma das zonas mais afetadas na semana passada e hoje pelas fortes chuvas registadas no distrito de Lisboa, o autarca afirmou que durante a noite houve mais de 300 ocorrências, sem registo de vítimas, apesar dos “muitos danos materiais”.

A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.

Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.