Num discurso no 42.º Congresso do PSD, horas depois de ter sido anunciada a sua adesão ao partido, Sebastião Bugalho disse que decidiu tornar-se militante para “servir, retribuir”, mas também para combater tanto os adversários dos sociais-democratas, como aqueles que os querem confundir.

“Àqueles que insistem em colar-nos aos que governaram antes nós e àqueles que gostavam de governar na nossa vez, há que dizer uma coisa simples: saiam à rua e perguntem aos portugueses se é a mesma coisa ter um Governo chefiado pelo PS ou pelo PSD?”, pediu.

Bugalho pediu que se pergunte aos portugueses se “não há uma diferença um Governo de maioria absoluta que acabou desfeito e um Governo que, mesmo sem maioria, conseguiu a paz social que o Governo anterior não conseguiu”, sugerindo ainda que se pergunte se “não há uma diferença entre um Governo com 13 demissões em nove meses e um que não terá nem uma no mesmo tempo”.

“Acham que as pessoas não sabem? Acharão eles que as pessoas não veem, que não sentem a diferença, que não conhecem a diferença entre aqueles que não confundem coragem com irresponsabilidade, entre os que dão a cara nos maus momentos e os que só apareciam para dar boas notícias?”, questionou.

O cabeça de lista da AD perguntou ainda se acham que os “portugueses não sabem a diferença entre os que deixaram 400 mil imigrantes por regularizar e os que não tiveram medo de encarar o problema de frente, de o resolver, de tirar as fronteiras das mãos de redes de tráfego humano, de recusar tanto a inércia de quem não soube governar, como o populismo de quem nunca poderá governar Portugal”.

“Aos que nos querem confundir com os outros, eu sugiro o mesmo: saiam à rua, perguntem aos portugueses. Perguntem até a Pedro Nuno Santos se viabilizou o Orçamento do Estado porque se revê no Orçamento do Estado ou se viabilizou o Orçamento do Estado porque sabe que o país não se revê em Pedro Nuno Santos? Perguntem”, desafiou.