O estudo mostra que apenas um quarto dos portugueses (26%) aponta o combate às alterações climáticas como prioridade para a atividade do Parlamento Europeu (PE), elegendo antes o “combate à pobreza e exclusão social” e a “melhoria dos direitos dos consumidores e a qualidade e acesso aos serviços de saúde de todos os cidadãos”.

No conjunto dos 28 Estados-membros, o combate às alterações climáticas é apontado como primeira prioridade para o PE por 32% dos inquiridos, mais do que qualquer outra área política.

Mas quando são questionados especificamente sobre questões ambientais, os portugueses partilham da posição dos restantes europeus, com mais de metade (52%) a apontar as alterações climáticas como a mais importante, percentagem igual à registada no conjunto dos 28.

Seguem-se a “escassez de água potável”, a segunda mais apontada pelos portugueses (41%), a “poluição do ar” e a “poluição dos rios, lagos e águas subterrâneas”, apontadas ambas por 38% dos inquiridos, e as “secas e cheias frequentes”, por 31%.

No conjunto dos 28, as questões que mais preocupam são, depois das alterações climáticas, a “poluição do ar” (35%), a “poluição marinha” (31%), a “quantidade crescente de resíduos (28%) e a “desflorestação”, também com 28%.

Por outro lado, dois terços dos portugueses consideram que os protestos liderados por jovens contribuem para a adoção de medidas políticas de combate às alterações climáticas tanto no seu próprio país (66% como no conjunto da União Europeia (68%).

A posição é defendida sobretudo por jovens entre os 15 e os 24 anos (68%) e dos 25 aos 39 (71%) e entre os estudantes (82%).

O Eurobarómetro foi feito com base em 1.007 entrevistas presenciais a portugueses, 27.607 no conjunto dos 28 Estados-membros da UE, realizadas entre 08 e 21 de outubro.