O lançamento do Atlas Mundial das Secas coincide com a reunião de governos na Arábia Saudita para a COP16 sobre degradação da terra e desertificação.
As secas agravam-se pela mudança climática pelo ser humano, e os períodos secos mais longos e severos contribuem para o esgotamento dos solos férteis, que pouco a pouco se tornam áridos.
As secas são “um dos perigos mais caros e mortais do mundo”, explicaram os investigadores na declaração de lançamento do Atlas.
Este ano, quase certamente o mais quente já registado, foi marcado por secas destrutivas do Equador ao Marrocos e da Namíbia ao Mediterrâneo.
As secas são “menos visíveis e atraem menos atenção do que eventos repentinos, como enchentes e terramotos”, mas não devem ser subestimadas, alertaram os investigadores.
Além de afetarem diretamente as pessoas, podem ter efeitos secundários na produção de energia, no comércio global e em setores como o de transporte marítimo.
Até 2050, três em cada quatro pessoas na Terra serão afetadas de alguma forma pelas secas, de acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e o Centro de Investigação Conjunta da Comissão Europeia, que copatrocinou o estudo.
Através de dezenas de mapas, gráficos e estudos de caso, o Atlas Mundial das Secas procura mostrar “como os riscos de seca estão conectados... e como podem desencadear efeitos em cascata, alimentando desigualdades e conflitos e ameaçando a saúde pública”.
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