Mariana Vieira da Silva falava em Lisboa, na “Convenção Nacional do Ensino Superior 20/30″, organizada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas.
Segundo a secretária de Estado, para que o ensino superior se inove é preciso “diversificar as portas de entrada”, para que cada vez mais alunos com o ensino secundário concluído acedam às universidades e aos institutos politécnicos.
Além disso, sustentou Mariana Vieira da Silva, cada aluno deve poder “desenhar o seu percurso” académico, o que implica um outro desafio, o da “flexibilização de currículos”.
A socióloga enumerou, ainda, a qualificação para as competências digitais, a “renovação de quadros” e o ensino de trabalhadores-estudantes – a “reconversão de ativos” – como desafios, numa curta intervenção, imposta pela organização, no encerramento do painel sobre inovação no ensino e nas ofertas formativas.
Antecedendo a secretária de Estado adjunta do primeiro-ministro, dirigentes de instituições de ensino superior advogaram um modelo de ensino mais flexível.
O vice-reitor da Universidade de Lisboa, António Feijó, reconheceu que a oferta de formação “devia ser mais ampla”, assinalando que a “rigidez de oferta se torna impercetível à procura”.
Para o presidente do Instituto Superior Técnico, Arlindo Oliveira, o “modelo tradicional de ensino começa a revelar-se desadequado”, porque, invocou, os novos alunos do ensino superior surgem “com outras maneiras de aprender”.
O especialista em inteligência artificial defendeu que a competitividade internacional do ensino superior português requer um “ensino mais criativo e flexível”.
O ex-presidente do Instituto Politécnico de Leiria e atual presidente do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, Nuno Mangas, concluiu, a este propósito, que as empresas “têm ambientes mais criativos” do que as instituições de ensino superior.
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