“Vivemos hoje um momento ímpar de e para as pessoas ciganas e para as suas comunidades no nosso país, que é de todos. Com áreas, obviamente a melhorar, sabemos disso, mas sempre com trabalho comum”, defendeu Rosa Monteiro, no decorrer da cerimónia onde foram conhecidos os projetos vencedores no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo Cigano (PAAC) 2019.
Este ano foram escolhidos oito projetos, mais dois do que no ano passado, tendo igualmente aumentado a verba disponível, que passou de 30 mil euros em 2018 para 32 mil euros.
Quando se assinala o Dia Internacional das Pessoas Ciganas, Rosa Monteiro apontou que a cerimónia serviu igualmente para “celebrar os cidadãos e cidadãs que agarram o seu destino em conjunto, em coletivo”.
A secretária de Estado sublinhou que “é muito importante” que comunidades ciganas e comunidades não ciganas continuem unidas e que as próprias pessoas ciganas se mantenham unidas “no sentido de enfrentarem os vários desafios que têm pela frente”.
Rosa Monteiro lembrou que os ciganos têm uma história de vários séculos, tendo saído da Índia há cerca de mil anos, e estando presentes em Portugal há 500 anos, apesar de só serem considerados cidadãos de pleno direito desde 1822.
“Uma história feita de marginalização, discriminação e segregação, mas também de superação, resistência e resiliência, combate e de preservação da memoria e da identidade”, destacou.
Apontou que a data serve para celebrar culturas e pertenças comuns e diferentes, não esquecendo a intolerância e a exclusão que ainda justificam que se assinale a efeméride.
A cerimónia serviu também para atribuir, pela primeira vez, o prémio “OBCIG Empresas Integradoras”, promovido pelo Observatório das Comunidades Ciganas (OBCIG), entregue à empresa 'Dst Group' “pelos seus valores e práticas de integração laboral de pessoas ciganas”.
A 'Dst Group' é uma empresa portuguesa, fundada em 1940, com atividade principal na área da indústria da engenharia e da construção civil.
Em matéria de emprego, a secretária de Estado adiantou que, no global, estima que atualmente tenham criado oportunidades de emprego efetivo para, pelo menos, 36 pessoas ciganas através de programas como os mediadores socioculturais no âmbito do ROMED, o programa de mediação municipal ou o Programa Escolhas.
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