A Federal Deposit Insurance Corporation garante os depósitos até 250 mil dólares, mas muitas empresas e clientes particulares do banco, conhecido pelas suas relações com `startups´ de tecnologia e capital de risco, tinham mais do que esse valor depositado, a que se junta o receio da falta de pagamento dos ordenados aos seus funcionários.

Em entrevista ao programa “Face the Nation”, da estação CBS, Janet Yellen adiantou poucos detalhes sobre os próximos passos da administração norte-americana neste processo, mas considerou que a situação provocada pelo SVB é muito diferente da crise financeira de há 15 anos, que levou ao resgate de vários bancos para proteger o setor.

“Não vamos fazer isso de novo”, assegurou a secretária do Tesouro, ao reconhecer a sua preocupação com os depositantes do SVB.

Manifestou-se ainda convicta que a falência do banco não provocará um efeito dominó nos Estados Unidos, alegando que o sistema bancário do país é “realmente seguro e bem capitalizado”.

Janet Yellen disse também esperar que os reguladores considerem “uma ampla gama de opções disponíveis”, incluindo a aquisição do SVB por outra instituição, mas até agora nenhuma manifestou essa intenção.

O banco não resistiu às retiradas massivas de fundos por parte dos seus clientes, principalmente do setor da tecnologia, e as suas últimas tentativas de obter dinheiro fresco foram infrutíferas.

Perante isso, as autoridades norte-americanas assumiram o controlo da instituição e entregaram a sua gestão à agência que garante a segurança dos depósitos.

A secretária do Tesouro convocou vários reguladores do setor financeiro para analisar a situação, a quem transmitiu a sua “confiança plena” na sua capacidade de tomarem as medidas apropriadas, considerando ainda que o setor bancário continuava “resiliente”.

Pouco conhecido do grande público, o SVB tinha-se especializado no financiamento de empresas emergentes (‘start-ups’) e era o 16.º banco dos EUA, segundo o critério dos ativos: no final de 2022, tinha 209 mil milhões de dólares de ativos e cerca de 175,4 mil milhões de dólares em depósitos.

Esta foi segunda maior falência bancária da história dos EUA, depois do colapso da Washington Mutual em 2008.