“Empenhámo-nos na busca de maior aproximação aos cidadãos e procurámos estimular a reflexão sobre questões relativas à mobilidade no espaço da CPLP”, afirmou Murade Murargy, intervindo na sessão de encerramento da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da comunidade lusófona, em Brasília.
“Temos de libertar os nossos estudantes, pesquisadores e investigadores, a desenvolver as suas capacidades no nosso espaço comunitário. São eles o motor do desenvolvimento. Temos de libertar os nossos empresários a explorar em conjunto o nosso grande potencial de recursos económicos. São eles os criadores de emprego. Temos de libertar os nossos jornalistas e todos fazedores de opinião a terem acesso in loco a informação atempada e real. Temos de libertar os nossos desportistas, os nossos artistas a difundirem as suas formas de expressão”, sustentou.
Os membros da CPLP elegeram hoje a nova secretária-executiva, Maria do Carmo Silveira, indicada por São Tomé e Príncipe, cujo mandato será entre 01 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2018.
Murargy elencou o seu trabalho durante quatro anos (dois mandatos) à frente do secretariado-executivo da CPLP, recordando que a comunidade se alargou com a admissão de “mais um membro de pleno direito” e um “aumento considerável de observadores associados e consultivos”.
“Os resultados foram encorajadores e reiteram a nossa convicção e confiança no futuro da organização”, considerou.
O secretário-executivo cessante dirigiu algumas palavras aos Presidentes de cada Estado-membro, incluindo ao chefe de Estado da Guiné Equatorial, que aderiu à CPLP em 2014.
“Ao Presidente Obiang, que me convenceu da candidatura do seu país em fazer parte desta Comunidade”, referiu o diplomata moçambicano.
“Aprofundámos a nossa atuação nos três pilares e alargámos o âmbito da nossa atuação a novas dimensões de cariz mais económico e empresarial. Empenhámo-nos na busca de maior aproximação aos cidadãos e procurámos estimular a reflexão sobre questões relativas à mobilidade no espaço da CPLP”, mencionou.
Na sua intervenção, Murade Murargy comentou ainda a adoção da nova visão estratégica para a CPLP, aprovada nesta cimeira, que deve apostar “nas pessoas, na sua educação e formação”, que “constituem uma necessidade estratégica prioritária para a CPLP”.
A nova visão, referiu, pretende “reforçar a capacidade de resposta” da CPLP, que é “ainda uma organização jovem e em permanente construção”, às “exigências presentes e futuras dos seus membros”.
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