“Fazemos o possível para criar condições que permitam ultrapassar o atual impasse”, afirmou Guterres após conversas com responsáveis do Kuwait, em conferência de imprensa.

Desde 2014 que os rebeldes xiitas Houthis, aliados ao antigo presidente Ali Abdallah Saleh, e as forças pró-governo, apoiados por uma coligação árabe liderada pela Arábia Saudita, lutam pelo controlo do Iémen.

O português informou que a ONU tentou a reabertura do aeroporto de Saná, capital do país nas mãos dos rebeldes, e um melhor acesso ao porto de Hodeida (no oeste do país) para facilitar a chegada de ajuda humanitária.

A coligação impôs um embargo ao aeroporto, sob o argumento de que o local serve para importar armas para os rebeldes e obrigou, pela mesma justificação, à inspeção da carga que chegue ao porto, que é igualmente controlado pelos rebeldes.

“Nós trabalhamos de forma próximas com as partes para ver quando e como uma forte iniciativa será possível”, declarou o líder das Nações Unidas.

Desde março de 2015, altura da intervenção da coligação árabe, o conflito provocou 8.400 mortos e 48 mil feridos, incluindo muitos civis, e resultou numa grave crise humanitária.

Uma epidemia de cólera provou dois mil mortos no país e inúmeras regiões deste país pobre estão à beira da fome.