“No madrugada do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a sede da Porta dos Fundos foi alvo de um atentado” que não provocou vítimas, anunciou a produtora, em comunicado divulgado na terça-feira.
Na mesma nota, a produtora condena “todos os atos de violência” e afirma esperar que “os responsáveis por este ataque sejam encontrados e punidos”.
O incidente foi filmado pelas câmaras de vigilância, tendo as imagens sido entregues às autoridades.
Em 03 de dezembro, a produtora lançou um especial de Natal na plataforma Netflix, com o título “A primeira tentação de Cristo”, na qual Jesus é representado como um jovem que terá tido uma experiência homossexual e também insinua que o casal bíblico Maria e José viveram um triângulo amoroso com Deus.
A sátira, de 46 minutos, protagonizado pelos humoristas brasileiros Gregorio Duvivier e Fábio Porchat, não agradou a grupos religiosos, que criticaram a temática abordada. Foi também lançada uma petição contra o filme, com mais de dois milhões de assinaturas de pessoas que consideram que o mesmo “ofende gravemente os cristãos”.
Em 18 de dezembro, o deputado federal (membro da câmara baixa do Congresso) Júlio Cessar Ribeiro anunciou nas redes sociais que encaminhou um ofício ao ministro da Justiça do Brasil, Sérgio Moro, solicitando a “apuração e representação criminal” contra os humoristas da Porta dos Fundos.
O parlamentar alegou que os humoristas violaram o artigo 208 do Código Penal brasileiro ao “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.
Na Assembleia Legislativa do estado brasileiro de São Paulo o caso gerou um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), um instrumento legal que dá aos parlamentares o direito de investigar um facto que seja muito importante para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, económica ou social do país.
Comentários