Myles Sanderson, de 32 anos, foi encontrado perto de Rosthern, na província de Saskatchewan, após a polícia anunciar que uma pessoa suspeita, armada com uma faca, tinha roubado um carro na pequena cidade rural no noroeste do país.

Um agente policial ligado ao processo adiantou à agência Associated Press (AP) que o veículo onde seguia Sanderson foi abalroado pela polícia e este rendeu-se.

A mesma fonte disse que Sanderson cometeu suicídio, mas não revelou mais detalhes sobre quando os ferimentos terão sido infligidos ou quando terá ocorrido a morte.

Vídeos e fotos do local mostraram um automóvel branco na berma da estrada, rodeado por carros da polícia, e com os ‘airbags’ acionados.

A morte de Myles Sanderson acontece dois dias depois da polícia ter localizado o corpo do outro envolvido nos esfaqueamentos, o irmão Damien Sanderson, de 31 anos, na reserva indígena.

Na altura a polícia adiantou que Damien morreu devido a ferimentos provocados por outra pessoa e que estava a investigar se Myles Sanderson tinha matado o irmão.

Vários agentes da Polícia Montada tinham percorrido nos últimos dias a reserva indígena James Smith Cree Nation, onde ocorreram os esfaqueamentos no domingo, na tentativa de encontrar Sanderson, depois de receber informações sobre a sua possível presença nessa comunidade.

A polícia não revelou os possíveis motivos para os ataques, mas um líder indígena em Saskatchewan relacionou-os com a onda de violência e o consumo de drogas na comunidade.

As autoridades canadianas consideram Myles Sanderson e Damien Sanderson suspeitos dos esfaqueamentos múltiplos que mataram dez pessoas e feriram outras 18 em James Smith Cree Nation e na cidade vizinha de Weldon.

Myles Sanderson era procurado desde maio de 2022 por não cumprir as condições da sua liberdade condicional.

O suspeito foi condenado a cinco anos de prisão por agressão, roubo, conduta maliciosa e ameaças, mas, depois de ter sido solto para cumprir liberdade condicional, desapareceu.