O RASI de 2017 avança que, entre 2008 a 2017, a criminalidade violenta e grave, que integra os crimes que causam forte sentimento de insegurança, diminuiu de 24.317 ocorrências para 15.303, significando uma redução 37,1%.

Em relação ao ano anterior, este tipo de criminalidade diminuiu 8,7% em 2017, representando menos 1.458 crimes participados às polícias.

O documento, que hoje é entregue na Assembleia da República, sublinha que, mantendo a tendência de anos anteriores, a criminalidade violenta e grave teve maior expressão nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro.

De acordo com o RASI, os crimes de roubo na via pública (exceto esticão), roubo por esticão e resistência e coação sobre funcionário representam 74,7% da criminalidade violenta e grave, registando todos uma descida.

Os crimes que desceram em 2017 face a 2016 foram o roubo na via pública (menos 9,9% / - 644 casos), roubo por esticão (-8,7% / -373 casos), roubo em transportes públicos (-25% / -173), extorsão (-28,36% / -136), roubo a posto de abastecimento de combustíveis (-25,5% / -35) e roubo a transporte de valores (.60% / -18 casos).

Entre os crimes que subiram estão a violação (mais 73 casos / +21,8%), ofensas à integridade física voluntária grave (mais 63 casos / +12,1%), roubo a farmácias (mais nove casos / +25,7%) e homicídio voluntário consumado (mais casos / + 7,9%).

Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.

O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.