Estes candidatos, na sua maioria conservadores, foram selecionados pelo Conselho dos Guardiães da Constituição, um órgão não eleito dominado pelos conservadores e responsável pela supervisão do processo eleitoral, de entre as 80 personalidades que apresentaram as suas candidaturas.
Entre os candidatos que poderão fazer campanha estão o presidente do Parlamento, o conservador Mohammad-Bagher Ghalibaf, o presidente da Câmara de Teerão, Alireza Zakani, e o antigo negociador ultraconservador do dossiê nuclear, Saïd Jalili.
Foram também selecionados Amir Hossein Ghazizadeh Hashemi, o chefe ultraconservador da Fundação dos Mártires, e Mostafa Pourmohammadi, antigo ministro do Interior.
O único reformador na corrida é Massoud Pezeshkian, um deputado da cidade de Tabriz, no noroeste do país, e antigo ministro da Saúde.
Por outro lado, o Conselho desqualificou o populista Mahmoud Ahmadinejad, que, aos 67 anos, queria regressar ao cargo de presidente que ocupou de 2005 a 2013. Ele já havia sido desqualificado nas eleições presidenciais de 2021 e 2017.
Outro veterano da república islâmica, Ali Larijani, antigo presidente do Parlamento, considerado um moderado, foi igualmente rejeitado.
O Conselho dos Guardiães não justificou publicamente as suas escolhas.
Nas eleições de 2021, o Conselho selecionou apenas sete dos 592 candidatos, desqualificando inúmeras figuras reformistas e moderadas.
Este facto abriu caminho para que Ebrahim Raissi, o candidato conservador e ultraconservador, fosse facilmente eleito na primeira volta.
Apenas 49% dos eleitores iranianos participaram no escrutínio, o que representa a menor taxa numa eleição presidencial, desde a revolução islâmica de 1979.
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