A época de incêndios começa com a fase Bravo, a segunda mais crítica, e vai mobilizar, até 30 de junho, 1.561 equipas compostas por 6.607 operacionais e 1.514 viaturas, segundo o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) de 2017.
No próximo mês e meio vão estar ainda operacionais 32 meios aéreos e 72 postos de vigia da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana.
Segundo avançou à agência Lusa a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), 5.983 incêndios florestais deflagraram entre 01 de janeiro e 09 de maio.
No ano passado, de acordo com relatórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tinham deflagrado 985 fogos florestais entre janeiro e maio, o que significa que o número de incêndios aumentou este ano seis vezes em relação a período idêntico de 2016.
A aérea ardida aumentou por sua vez 30 vezes este ano face ao mesmo período de 2016.
“Onze mil hectares ardidos até hoje é algo preocupante. O ano passado foi muito mau em termos de incêndios e, no período homólogo, tínhamos 360 hectares ardidos. É uma diferençazinha um pouco assustadora”, disse o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, a 27 de abril.
O DECIF deste ano tem como novidades um reforço de meios para combate a incêndios florestais nos distritos de Braga e Viana do Castelo, colmatando assim uma deficiência sentida em 2016.
O dispositivo deste ano conta também com a integração de uma força com 1.380 militares, que receberam formação específica para participar nas ações de rescaldo e vigilância do rescaldo, de forma a libertar os bombeiros para outras operações.
Outras das novidades passa pela inclusão de um helicóptero de coordenação, destinado a ações de coordenação aérea e reconhecimento.
O objetivo é ter um helicóptero a observar a dimensão e as frentes de fogo, quando as chamas estiverem a ser combatidas por vários meios aéreos, ajudando no posicionamento do ataque aéreo e no posicionamento dos meios terrestres.
A época de incêndios termina a 15 de outubro e os meios de combate estarão na sua capacidade máxima entre 01 de julho e 30 de setembro, a chamada “fase Charlie”.
Para esta fase, considerada a mais crítica, vão estar envolvidos 9.740 operacionais e 2.065 viaturas, apoiados por 48 meios aéreos e 236 postos de vigia.
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