Mais de seis horas depois de retomar os seus voos, a Delta continuou a anunciar cancelamentos e atrasos, que atingiram dezenas de milhares de passageiros. Impedidos de usar o sistema informático da companhia, os funcionários da Delta apenas podiam realizar os procedimentos de embarque manualmente. A companhia atribuiu o problema a um corte de energia no seu centro nevrálgico, em Atlanta, nos Estados Unidos.

Os voos foram retomados, mas de forma limitada, informou a Delta num comunicado, seis horas depois de todos os aviões terem sido obrigados a ficar em terra. "Os clientes que se dirigem ao aeroporto devem esperar demoras e cancelamentos", alertava o comunicado. "As consultas são muitas, e os tempos de espera são longos. Os nossos serviços de apoio aos clientes estão a fazer tudo o que podem para os ajudar".

As equipas trabalham "noite e dia" para restabelecer o sistema, indicou ainda o diretor-executivo da companhia, Ed Bastian, numa mensagem gravada em vídeo. "Peço desculpas pelos problemas que isto causou na experiência de viagem", acrescentou Bastian, garantindo que todos os trabalhadores se estão a esforçar para resolver a situação.

No seu comunicado, a Delta advertiu também que haverá "alguma demora na atualização dos status de voos no site delta.com, no aplicativo Fly Delta, no atendimento telefónico e no aeroporto".

No aeroporto internacional de Los Angeles, dezenas de pessoas dormiram na zona de embarque à espera dos seus voos. Por volta das 18h de Lisboa, a companhia informou que tinha cancelado 427 voos. Dos seis mil que estavam programados para ter decolado até aquela hora, apenas 1590 foram efectivamente realizados. Além destes cancelamentos, mais de 400 decolagens estavam atrasadas, segundo o serviço de acompanhamento de voos FlightAware.

A Delta opera mais de quinze mil voos diários em conjunto com empresas parceiras.