"Foi dado um passo importante", declarou a primeira-ministra Elisabeth Borne, depois de 195 senadores votarem a favor e 112 contra.
O texto segue agora a sua jornada legislativa na próxima semana, com votação marcada para quinta-feira na Assembleia Nacional (Câmara baixa).
Cerca de um milhão de pessoas manifestaram-se hoje em França contra a reforma do sistema de pensões do Governo, estimaram os organizadores do protesto, 300 mil das quais em Paris, onde foram detidos pelo menos 26 manifestantes.
Na quinta-feira, o Senado francês, com a maioria de direita, votou o adiamento da idade mínima de reforma de 62 para 64 anos, o principal ponto da alteração proposta pelo Governo para o sistema de pensões.
A votação aconteceu no final de uma maratona parlamentar de 15 horas de discussão sobre aquele artigo, tendo a esquerda apresentado centenas de emendas para impedir o debate e a direita recorrido a um dispositivo excecional para as ultrapassar.
O grande obstáculo para Macron têm sido os protestos na rua, organizados por todos os sindicatos, reunidos numa união considerada sem precedentes em França.
O Governo justificou o aumento da idade de reforma para responder à degradação financeira dos fundos de pensões e ao envelhecimento da população.
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