Cory Booker já tinha ficado de fora do debate entre candidatos democratas, em dezembro, e voltaria a estar fora da lista, agora reduzida a seis, de presenças no debate de terça-feira, por não ter conseguido angariar o número suficiente de donativos, nem atingir o patamar de 5% de intenções de voto nas sondagens.
Na mensagem que endereçou aos seus apoiantes, Booker disse que entrou na corrida “para vencer” e admitiu o fracasso de atingir o objetivo de estar presente nos debates, alegando incapacidade para angariar fundos suficientes para disputar a vitória nas eleições primárias do Partido Democrata.
“A nossa campanha chegou ao ponto em que precisamos de mais dinheiro para continuar a construir uma campanha que poderia ganhar — dinheiro que não temos e dinheiro que é cada vez mais difícil de conseguir, porque não estarei no próximo debate”, reconheceu o senador pelo estado de Nova Jersey.
As primárias ficam agora limitadas a 13 candidatos e apenas seis estarão no debate que se realiza no Iowa, na terça-feira, no momento em que vários dirigentes democratas começam a contestar as regras de seleção para a corrida à Casa Branca, denunciando o peso excessivo das receitas financeiras nos critérios de seleção dos candidatos a estas eleições.
Booker era um dos candidatos mais contestatários das regras do Partido Democrata, queixando-se da dificuldade em competir com adversários que usam as suas fortunas (como é o caso do antigo ‘mayor’ de Nova Iorque Michael Bloomberg) para financiar campanhas milionárias.
O senador começou o seu percurso como pré-candidato presidencial com um elogio da apresentadora televisiva Oprah Winfrey e colocou a tónica na unificação do partido contra o que chamou de “caos e imprevisibilidade” do Governo do Presidente Donald Trump.
Booker, que também foi ‘mayor’ de Newark, Nova Jersey, durante sete anos, ficou conhecido pelo seu programa de apoio social e por um dia ter entrado dentro de um prédio em chamas para salvar uma mulher (o que lhe valeu 1,4 milhões de seguidores na rede social Twitter).
A sua habilidade retórica fez com que o comparassem ao ex-Presidente Barack Obama e foi considerado um dos mais fortes candidatos a uma vitória nas primárias, até que a sua campanha começou a perder força e visibilidade, sendo acusado de não ser suficientemente crítico das opções republicanas de Trump.
Cory Booker foi um dos primeiros candidatos a lançar um plano de controlo de armas e tinha no seu programa eleitoral um ambicioso plano de reforma da justiça criminal, centrado em reforçar as penas de crimes relacionados com tráfico de droga.
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