O diretor regional da OMS para a região europeia, Hans Kluge afirmou em conferência de imprensa virtual que “uma em cada dez das pessoas que sofreram de covid-19 continuam afetadas durante 12 semanas e muitas mais durante um período mais prolongado”.

“Não temos todas as respostas e não sabemos ainda que percentagem dos doentes sofre de efeitos a longo prazo [“covid prolongada”] mas estamos a aprender depressa”, afirmou, defendendo que deve ser “uma prioridade clara”, quer para a OMS quer para os sistemas de saúde.

Fadiga e dificuldades respiratórias são alguns dos “sintomas debilitantes” que se tornam crónicos em pacientes que tiveram a doença e não apenas em casos de pessoas que tiveram que ser internadas.

No princípio da pandemia, algumas destas pessoas que se queixaram de sintomas persistentes “foram recebidas com descrença e incompreensão”, lamentou Hans Kluge, frisando que “precisam de ser ouvidas se se quiser entender as consequências a longo prazo na recuperação”.

“É preciso garantir que as pessoas com complicações persistentes tenham acesso a cuidados continuados”, salientou, indicando que “é aqui que os cuidados de saúde primários podem desempenhar um papel particularmente forte”.

Hans Kluge declarou que irá juntar os representantes junto da OMS dos 53 países incluídos na região europeia para acordarem numa estratégia regional de investigação sobre estes sintomas, que são “um fardo real” sobre milhares de pessoas que ainda não melhoraram.

Continuam a sofrer “graves consequências de saúde, sociais, económicas e ocupacionais”, indicou.

No que respeita à situação epidemiológica na região europeia, afirmou que o contágio pelo SARS-CoV-2 “continua a espalhar-se a um ritmo muito elevado”, apesar da redução que se verifica desde o início do ano.

Nas últimas duas semanas, o número de novos casos comunicados foi inferior a um milhão, apontou.

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