"Vai além do que poderíamos pensar", disse o chefe da polícia de Detroit, James Craig, ao jornal "Detroit News". "É inacreditável", acrescentou.

Craig falou com os jornalistas após buscas na Perry Funeral Home, onde os investigadores encontraram restos de 36 fetos em caixas, e outros 27 em congeladores.

Reguladores do estado de Michigan suspenderam a licença da empresa.

"Estamos a ampliar a nossa investigação", disse Craig. "Queremos entender os motivos. Se são financeiros não sabemos."

Os inspetores acreditam que a funerária não tenha apresentado os certificados de óbito a tempo e não obteve permissão para retirar ou enterrar os corpos, tampouco autorização dos familiares para tratar dos corpos.

Segundo o jornal, a funerária também é acusada de receber por funerais e enterros que nunca aconteceram.

Após a descoberta dos restos, na última sexta-feira, o advogado da empresa Joshua Arnkoff disse em comunicado divulgado pela rede CNN que "as denúncias envolvem apenas os restos de bebés não reclamados. A Perry Funeral Home recebeu os restos de hospitais locais, que haviam informado que os corpos não tinham sido reclamados pelos seus familiares".

"Não acreditamos que estes restos envolvam famílias que tenham pago a Perry Funeral Home por seus serviços funerários", acrescentou Arnkoff.