Os reservistas completarão a sua formação nas Forças Armadas, na Guarda Nacional e nos organismos de segurança do Estado, segundo o decreto publicado no portal de informação jurídica do Governo russo.
Putin deu instruções ao Governo e às autoridades regionais para “assegurar a implementação de atividades relacionadas com a convocação de reservistas russos para participarem em cursos de formação”.
O documento não especifica o número de reservistas que participarão nos cursos de formação anuais.
Em setembro passado, teve início a campanha de recrutamento de outono para o serviço militar obrigatório de 133 mil russos com idades entre os 18 e os 30 anos.
O recrutamento anterior decorreu entre 1 de abril e 15 de julho, envolveu 150.000 russos e distinguiu-se pelo alargamento da idade de serviço para 30 anos, mais três do que o anterior.
Em setembro de 2022, a Rússia anunciou a mobilização de 300.000 homens para combater na Ucrânia, após o que centenas de milhares de jovens russos abandonaram o país para evitar serem recrutados.
Segundo a imprensa e os ativistas dos direitos humanos, o Ministério da Defesa iniciou uma mobilização secreta para o alistamento de centenas de milhares de militares profissionais, para além do recrutamento nas prisões e entre os migrantes.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país vizinho, independente desde 1991 e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Moscovo recorreu entretanto às forças armadas norte-coreanas — apesar de não haver números oficiais, calcula-se que onze mil soldados da Coreia do Norte tenham sido enviados para a região fronteiriça russa de Kursk, onde a Ucrânia mantém uma ofensiva desde agosto passado.
Segundo a NATO, um terço dos soldados norte-coreanos está ferido ou morto.
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