De acordo com o Jornal de Notícias, a Câmara Municipal de Sevilha vai cortar o abastecimento de água a cerca de cinco mil alojamentos turísticos ilegais, que funcionam na capital sem licença ou que não cumprem a regulamentação.
A medida, que faz parte de um pacote de 10 iniciativas da autarquia para limitar as habitações turísticas, tem como objetivo travar a proliferação de apartamentos para férias à margem da lei, segundo noticiou o diário espanhol "El País", citado pela publicação portuguesa.
"Estas 5000 habitações ilegais incluem as que estão inscritas no registo municipal e que não cumprem a obrigação de ser de rés-do-chão ou primeiro andar, ou determinadas condições de projeto, e as que não estão inscritas, mas funcionam no mercado. Estamos a cruzar os dados com as plataformas e a análise vai determinar o stress turístico de cada bairro", referiu a Direção de Urbanismo de Sevilha.
O primeiro conjunto de apartamentos a ficar sem água - um lote de 715 habitações - é um já noticiado este verão por ultrapassar a altura de um primeiro andar, não cumprindo com as normas do urbanismo.
Oposição é contra
A oposição acusa a autarquia de estar apenas a implementar uma medida "fogo de vista", já que há dois meses a própria Câmara rejeitou cessar novas licenças de habitação para uso turístico em Sevilha.
O Partido Socialista (PSOE) na autarquia duvida da legalidade de poder cortar o abastecimento de água a um apartamento turístico com contrato legal em vigor e contas em dia. "Não se pode cortar a água assim", afirmou o vereador Francisco Páez. A Câmara defende que a medida drástica tem o aval dos serviços jurídicos municipais e espera que tenha um efeito positivo, reduzindo o número de alojamentos ilegais assim que se iniciem as inspeções.
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