“Reconheço no candidato Lula o compromisso com a democracia e Constituição, o que desconheço do atual Presidente”, declarou, em conferência de imprensa, a senadora de centro-direita, que registou 4,16% dos votos no domingo.

“Nos últimos quatro anos, o Brasil foi abandonado na fogueira do ódio e das desavenças. A negação atrasou a vacina [contra a covid-19]. A arma ocupou o lugar do livro. A iniquidade fez curvar a esperança. A mentira feriu a verdade. O ouvido conciliador deu lugar à voz esbravejada. O conceito de humanidade foi substituído pelo de desamor. O Brasil voltou ao mapa da fome. O orçamento, antes público, necessário para servir ao povo, tornou-se secreto e privado”, disse, referindo-se ao Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

Ainda assim, Simone Tebet manteve as críticas que fez a Lula da Silva, em especial nos últimos dias de campanha, “quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, o que é legítimo, mas sem apresentar suas propostas para os reais problemas do Brasil”.

Mas, mesmo assim, garantiu que vai depositar o voto em Lula.

Educação, Saúde, igualdade salarial entre homens e mulheres e “um ministério plural, com homens, mulheres e negros” é o que a senadora vai cobrar ao candidato.

Nos últimos três dias, políticos e partidos começaram a movimentar as suas ‘fichas’ antes do segundo turno presidencial.

Hoje, Lula da Silva já tinha recebido o apoio do ex-Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso.

“Neste segundo turno [segunda volta] estou votando em uma história de luta pela democracia e inclusão social. Estou votando em Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Fernando Henrique Cardoso, 91 anos, que presidiu o Brasil entre 1995 e 2002.

Também hoje, Bolsonaro recebeu apoio do governador reeleito do Distrito Federal, Ibanes Rocha, na corrida presidencial.

Na terça-feira, o Presidente brasileiro já tinha recebido o apoio dos governadores dos três maiores estados do Brasil, incluindo São Paulo, principal colégio eleitoral do país, enquanto Lula da Silva se juntou ao Partido Trabalhista de Ciro Gomes, quarto colocado na primeira volta.

Por outro lado, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que governou o país durante oito anos, absteve-se de escolher entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva para a segunda volta das eleições presidenciais.

A senadora Mara Gabrilli, também membro do PSDB, candidata a vice-presidente de Tebet, já anunciou que não escolhe entre Lula e Bolsonaro.

Já o Partido da Cidadania, que faz parte de uma federação partidária com o PSDB e apoiou a candidatura de Tebet, também anunciou na terça-feira o apoio a Lula na segunda ronda.

Lula da Silva e o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enfrentam-se na segunda volta das eleições no dia 30 de outubro, depois de nenhum candidato ter obtido mais de 50% dos votos válidos no último domingo.

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