Numa nota enviada à agência Lusa, o SEF explica que oito das 26 vítimas já foram instaladas em centros de acolhimento e proteção.
“Esta, que foi a maior operação de combate ao tráfico de seres humanos, levou à detenção de seis cidadãos estrangeiros indiciados pela prática dos crimes de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e associação de auxílio à imigração ilegal, a quem foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva”, lê-se no documento.
De acordo com o SEF, no total, foram identificados 255 cidadãos estrangeiros em situação de exploração laboral.
“Atenta a vulnerabilidade apresentada por estes cidadãos estrangeiros, o SEF articulou, desde logo, com a equipa multidisciplinar especializada daquela região, o apoio necessário em termos de alojamento e alimentação aos cidadãos identificadas durante a operação”, lê-se na nota.
O SEF acrescenta que, no quadro do Plano Nacional de Ação para a Prevenção e o Combate ao Tráfico de Seres Humanos, foram ainda estabelecidos os mecanismos de cooperação com as diferentes entidades municipais e sociais no sentido de providenciar aos cidadãos identificados a satisfação das suas necessidades básicas.
Seis pessoas, todas de nacionalidade romena e com idades entre os 22 e 47 anos, foram detidas, na terça-feira, em várias localidades do Baixo Alentejo, numa operação que identificou 255 estrangeiros em situação de exploração laboral.
Na sequência destas detenções e após primeiro interrogatório judicial, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Évora, determinou a prisão preventiva para os detidos, a medida de coação mais gravosa.
“A juiz de instrução decidiu aplicar a todos os arguidos a medida de coação de prisão preventiva, por entender verificarem-se, em concreto, os perigos de fuga, perturbação do decurso do inquérito e de continuação da atividade criminosa”, referia o comunicado divulgado na sexta-feira pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora na sua página de Internet.
Segundo o DIAP de Évora, a operação, que contou com a participação de elementos do SEF, envolveu a realização de “diligências de busca e apreensão” em cumprimento de mandados de busca domiciliária e não domiciliária.
Durante as buscas, adianta, foram apreendidas “quantias em dinheiro, automóveis, munições e tabaco”, além de terem sido “identificadas mais de duas centenas de cidadãos estrangeiros em situação de exploração laboral”.
O DIAP de Évora realça que “as vítimas, oriundas de países do leste da Europa, eram colocadas em território nacional e sujeitas a exploração laboral em tarefas agrícolas”.
O inquérito e as respetivas diligências de investigação vão prosseguir, sendo o Ministério Público coadjuvado pela Direção Central de Investigação do SEF.
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