Em nota de imprensa, o sindicato exemplifica com o Hospital S. Teotónio, em Viseu, com o centro de saúde da Guarda e com o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

“Observaram-se atropelos ao exercício do direito à greve em algumas unidades hospitalares, nomeadamente no Hospital S. Teotónio, Viseu, onde o Conselho de Administração, após verificar que o Serviço de Consultas Externas estava encerrado, mandou os funcionários da empresa de segurança abrirem os gabinetes médicos, estando os médicos a proceder à chamada dos utentes”.

A mesma situação foi verificada no Centro de Saúde da Guarda e no IPO de Coimbra, onde a adesão à greve nas Consultas Externas foi também de 100%, acabando os médicos por estar, nestes locais, a desempenhar as funções dos Assistentes Técnicos e Assistentes Operacionais, violando o direito à greve destes trabalhadores”.

O sindicato diz também que, “com os dados disponíveis até às 12:00 e num contexto de pressão por parte de alguns serviços para obstaculizar a greve, verifica-se uma adesão massiva dos trabalhadores da Saúde, entre os 80% a 90%, considerando unidades hospitalares e centros de saúde”.

“Outra das evidências demonstrada pela presente greve é a gritante falta de pessoal, em particular nas unidades hospitalares do SNS. Tal situação levou a que o Tribunal Arbitral tenha obrigado à colocação de mais um assistente operacional para garantir serviços mínimos, a juntar aos que são necessários para garantir o turno da Noite, aos Domingos, em período de férias”.

O Tribunal Arbitral vem assim “reconhecer”, que “grande parte dos serviços abrangidos encontra-se, todo o ano, em regime de serviços mínimos”.

Os funcionários da saúde exigem a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho para os Trabalhadores do Contrato Individual de Trabalho, a reposição do valor hora do trabalho Extraordinário e admissão de mais pessoal.

Exigem também 35 horas de trabalho para todos e negociação das carreiras profissionais.