O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, disse que a substituição se deu na receção de produtos de patologia clínica na receção de material de análises.

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram hoje às 00:00 dois dias de greve nacional por falta de acordo com o Governo sobre matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.

José Abrão adiantou hoje de manhã que a adesão à greve nos hospitais de Norte a Sul do país se situa entre os 80 e os 90%.

A greve foi convocada pelas quatro estruturas sindicais que representam os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, sendo que a paralisação deve afetar análises clínicas, meios complementares de diagnóstico e alguns tratamentos.

O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont, disse à agência Lusa que o acordo assinado com o Ministério da Saúde esta semana diz respeito a matérias já acordadas em março e que não contempla as reivindicações que levaram a esta paralisação nacional de dois dias.

Os sindicatos alegam que a tabela salarial imposta pelo Governo faz com que cerca de 90% dos técnicos permaneçam na base da carreira toda a sua vida profissional. Além disso, dizem que o sistema de avaliação imposto prolonga a estagnação salarial por mais 10 anos.

A greve, que se prolonga até às 24:00 de sexta-feira, prevê o cumprimento de serviços mínimos, abrangendo tratamentos de quimioterapia e radioterapia ou os serviços de urgência.

Os trabalhadores têm prevista para hoje uma manifestação a partir das 14:30 no Marquês de Pombal, em Lisboa, estando programado um desfile até à Assembleia da República.