“Faço um balanço extremamente positivo do primeiro dia de greve. Hoje foi publicado o instrumento de regulação coletiva de trabalho que irá permitir a passagem para as 35 horas dos enfermeiros com contrato individual de trabalho, o que é muito positivo”, disse à agência Lusa Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

A dirigente sindical lembrou que desde que a greve foi convocada, o Governo já assinou o protocolo negocial de revisão da carreira de enfermagem, publicou o suplemento remuneratório para os enfermeiros especialistas e assumiu não avançar com a diminuição de competências das unidades de cuidados na comunidade.

Guadalupe Simões referiu, contudo, que ainda existem problemas para resolver.

“É necessária a admissão de mais enfermeiros para pôr fim ao sistemático recurso a trabalho extraordinário, para garantir que a passagem para as 35 horas aconteça sem sobressaltos. Defendemos também o descongelamento das progressões de carreira e o pagamento do trabalho extraordinário que está acumulado, que deveria ter sido pago até dezembro do ano passado mas não se concretizou”, frisou.

Com a adesão global de 64% no período da manhã e 67,4% no da tarde à greve, a dirigente sindical disse esperar os números de sexta-feira, o segundo e último dia de greve.

“Temos a expectativa que adesão na sexta-feira melhore, porque os objetivos que temos conseguido desde que avançamos para a greve, pode dar alento aos enfermeiros para adirem à greve, no sentido das restantes matérias serem resolvidas”, concluiu.