A Transtejo e a Soflusa são responsáveis pelas ligações fluviais entre os distritos de Lisboa e Setúbal.

Na passada sexta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade anunciou que os mestres da Soflusa, empresa de transporte fluvial entre o Barreiro e Lisboa, desconvocaram três greves agendadas, após ter chegado a acordo com os sindicatos numa “pequena atualização daquele que é o prémio deles pelo facto de serem mestres”.

Hoje, sindicatos representativos da Transtejo/Solusa filiados na Federação dos Sindicatos de Transporte e Comunicações (Fectrans) analisaram “a situação criada pelo Governo na passada sexta-feira”, que consideram poder criar “novos conflitos nas empresas”, porque existem outras categorias profissionais que também têm apresentado reivindicações nos últimos anos.

“Decidimos solicitar ainda hoje, com caráter de urgência, uma reunião ao Governo, ao ministro do Ambiente e à Administração da Soflusa/Transtejo com objetivo de que se reponha a proposta que nos foi apresentada na passada sexta-feira, que a mesma seja considerada base de trabalho num processo negocial que, a nosso ver, tem de começar de imediato e no qual se incluam também na discussão da ordem do dia as questões inerentes a outras categorias profissionais, que têm vindo a colocar também reivindicações específicas”, disse à Lusa José Manuel Oliveira, coordenador da Fectrans.

De acordo com o sindicalista, é necessário “urgentemente tomarem medidas para que novos conflitos sociais não se desencadeiam nestas duas empresas”.

“Compete ao Governo assumir as suas responsabilidades e vir a corrigir algo que criou na sexta-feira passada, de modo que os utentes não sejam prejudicados com mais constrangimentos do que aqueles com que têm sido confrontados ultimamente”, disse, salientando, contudo, que muitos destes constrangimentos não resultam dos problemas laborais, mas da falta de carreiras.

Na sexta-feira, passageiros revoltados forçaram a entrada no terminal de barcos no Barreiro, depois de terem sido suprimidas algumas carreiras.

José Encarnação, da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro (CUSPAS), confirmou que esta situação de falta de barcos é recorrente por falta de pessoal para a condução de navios.

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