“Esta medida vai aliviar as despesas mensais de centenas de milhares de pessoas e revolucionar a forma de mobilidade em Sintra e em toda a Área Metropolitana de Lisboa”, defendeu o presidente do município, Basílio Horta (PS).

O presidente da câmara, citado numa nota da autarquia, considerou que a criação do passe único na AML “viabiliza uma estratégia de desenvolvimento sustentável que vai melhorar, de forma muito significativa, a vida de todos que estudam, trabalham e vivem em Sintra”.

Fonte oficial da autarquia disse à agência Lusa que o montante anual a cargo de Sintra ascende a cerca de 4,4 milhões de euros, mas em 2019 o município contabilizará cerca de 3,9 milhões de euros, uma vez que a câmara já suporta à parte 500 mil euros com o transporte escolar, a incluir no pacote global no ano seguinte.

O investimento de Sintra corresponde à necessidade de cofinanciamento, por parte dos municípios, do vasto conjunto de decisões com vista à melhoria da mobilidade e transportes, cabendo às autarquias um valor global de cerca de 31.225 mil euros, salientou a nota camarária.

“A administração central deverá agora assegurar a transferência das restantes verbas, de forma a assegurar o exercício das competências de Autoridade de Transportes, a delegar pelos municípios na AML”, adiantou a mesma nota.

A proposta de orçamento municipal para 2019, com a inscrição dos 3,9 milhões de euros destinados a comparticipar a criação do passe único da AML, deverá ser discutido e aprovado numa próxima reunião do executivo camarário.

O comunicado da autarquia sublinhou que a decisão “permitirá a uma família alargada do concelho de Sintra gastar no máximo 80 euros por mês em passes, garantindo que nenhum passageiro gaste mais do que 40 euros pelo título mensal de transporte”.

A medida, que abrange os 18 municípios da AML, permitirá a utilização de todos os transportes públicos com o passe único, permitindo uma redução significativa nas deslocações entre concelhos, quando um passe combinado ultrapassa atualmente os 120 euros.

O presidente do conselho metropolitano de Lisboa, órgão deliberativo dos 18 municípios da AML, Fernando Medina, anunciou na quarta-feira a criação de uma empresa única de transporte na região, associado a um passe único que custará no máximo 40 euros.

As crianças até aos 12 anos não pagam transporte e, por família, o pagamento total máximo será de 80 euros (dois passes sociais).

Segundo Fernando Medina, durante os próximos meses decorrerão as negociações para que o novo sistema abranja operadores como a CP e a Fertagus, e o passe único estará disponível a partir de abril do próximo ano.

A AML é composta pelos municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.