O debate começará às 15:00 locais (14:00 em Lisboa) no Palácio das Nações, em Genebra, precisou o porta-voz, Rolando Gomez.
Durante o debate será discutido um projeto de resolução apresentado pela delegação britânica e que será submetido a votação dos 47 países atualmente representados no Conselho.
O documento exige a aplicação da resolução votada no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê um cessar-fogo de 30 dias na região do enclave rebelde de Ghouta Oriental, próxima de Damasco.
Esta trégua não tem sido cumprida, mas a Rússia, aliada do regime sírio, decretou unilateralmente uma pausa diária de cinco horas nos combates, que ainda não permitiu a entrega de ajuda humanitária nem a retirada de doentes e civis.
As forças leais ao regime de Damasco e os rebeldes que controlam o enclave acusam-se mutuamente de violar a trégua.
O projeto de resolução britânico pede ao Conselho dos Direitos Humanos que a comissão de inquérito internacional independente sobre a Síria “instaure urgentemente um inquérito completo e independente sobre os acontecimentos recentes em Ghouta Oriental”.
A região tem sido alvo de ataques da aviação síria e russa, bem como da artilharia governamental, desde 18 de fevereiro, que causaram a morte a pelo menos 617 pessoas, incluindo 149 crianças e 90 mulheres, de acordo com o Observatório.
O enclave rebelde de Ghouta Oriental está desde 2013 sob um cerco das forças leais ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, e os cerca de 400 mil habitantes são vítimas diariamente, além dos bombardeamentos, de falta de alimentos e de medicamentos.
Desencadeado a 15 de março de 2011 na sequência da repressão de manifestações pacíficas pró-democracia, o conflito na Síria, que se estende a outras regiões, já causou mais de 340.000 mortos, bem como milhões de deslocados e refugiados.
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