“Várias centenas de combatentes e alguns dos seus familiares entraram em 15 autocarros que deixaram” o local combinado para a operação, relatou a AFP.
A maioria das pessoas retiradas são combatentes, a que se juntam alguns familiares e, segundo os registos, 750 pessoas deverão sair de Deraa, acrescenta.
A televisão do Estado confirmou “o início da operação de transferência dos terroristas que recusaram o regulamento [político] desde o centro da cidade de Deraa em direção ao norte do país”, utilizando as palavras do regime para designar os rebeldes.
No local onde estavam estacionados os autocarros, mulheres e crianças faziam parte do grupo que aguardava, com sacos e malas. Os homens foram revistados por militares russos e, as mulheres, por outras mulheres, pertencentes ao regime sírio.
Os autocarros estavam numa rua que liga as zonas antes controladas pela oposição àquelas dominadas pelo regime.
Segundo o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane, os autocarros dirigiram-se para os limites da cidade onde está previsto um novo controlo, antes da autorização final para seguirem em direção à província de Idleb.
Esta deslocação destina-se aos rebeldes e civis que recusaram o acordo de “reconciliação” finalizado a 06 de julho entre os russos e os rebeldes, no que aparenta ser uma rendição.
Importante símbolo da revolta contra Bachar al-Assad, em 2011, a região de Deraa passou a ser controlada pelo regime depois de três semanas de uma ofensiva-relâmpago que dominou os rebeldes e fez 150 mortos entre os civis.
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