“O Presidente Trump acabou de concluir uma reunião com a sua equipa de segurança nacional para discutir a situação na Síria, mas nenhuma decisão final foi tomada", disse Sarah Sanders, porta-voz do executivo norte-americano.

Segundo a responsável, o Presidente dos Estados Unidos vai contactar ainda na noite de hoje o Presidente da França, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra britânica, Theresa May.

“Continuamos a avaliar as informações e estamos envolvidos em conversas com os nossos parceiros e aliados”, acrescentou.

O gabinete de crise britânico deu hoje ‘luz verde’ à primeira-ministra, Theresa May, para se juntar aos Estados Unidos e à França e planear possíveis ataques militares em resposta ao alegado ataque com armas químicas na Síria.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje que dispõe de “provas” de que o regime de Bashar al-Assad utilizou armas químicas num ataque contra a localidade rebelde síria de Douma.

“Estamos na Síria para lutar contra o terrorismo, contra o Daesh [acrónimo árabe para o autoproclamado Estado Islâmico]. Foi na Síria que organizaram os atentados. As diferentes guerras em curso não permitem que se faça de tudo. Temos provas de que, na semana passada, foram utilizadas armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad”, disse o Presidente francês, numa entrevista à televisão TF1.

Macron disse ainda que a França tomará decisões “em tempo oportuno”.

Os Estados Unidos, França e o Reino Unido têm efetuado consultas sobre o lançamento de um ataque militar, mas o momento e a escala de qualquer ação ainda não são claros.

Mais de 40 pessoas morreram no sábado passado num ataque contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram “nenhum vestígio” de substâncias químicas.

Citando informações fornecidas por organizações de saúde locais em Douma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou na quarta-feira que “cerca de 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos”.