Houve “bombardeamentos intensivos de aviões turcos sobre posições militares e aldeias” em Tal Abiad, Ras al-Ain, Qamishli e Ain Issa, escreveram as Forças Democráticas Sírias (FDS) no Twitter.
“Dois civis morreram e outros dois foram feridos na vila de Misharrafa”, escreveram as FDS algum tempo depois.
Também hoje, na Turquia, três mísseis atingiram as localidades turcas de Ceylanpinar e Nusaybin, próximas da fronteira, sem fazer vítimas, segundo a agência estatal Anadolu.
Os mísseis foram disparados da cidade curda de Ras al-Ain, no norte da Síria, segundo a mesma fonte.
Os ataques foram anunciados horas depois de o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciar o início de uma nova operação militar contra a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG).
A ofensiva, que a Turquia ameaçava lançar há vários meses, é a terceira de Ancara na Síria desde 2016.
O presidente norte-americano, Donald Trump, abriu implicitamente caminho à operação turca ao anunciar, no domingo, que as tropas dos Estados Unidos iam abandonar a zona em causa.
Trump “corrigiu” mais tarde as suas declarações, assegurando que Washington não tinha “abandonado os curdos”, que desempenharam um papel crucial na derrota militar do Estado Islâmico.
Os países ocidentais enaltecem o papel das YPG no combate aos ‘jihadistas’ do grupo extremista Estado Islâmico, mas Ancara considera-as um grupo terrorista e uma ameaça à sua segurança devido às ligações que tem ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), guerrilha ativa na Turquia desde 1984.
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