O sismo ocorreu a 26 quilómetros da cidade de Dezhou, na província de Shandong, às 02h33 (19:33 de sábado em Lisboa), e a cerca de 10 quilómetros de profundidade, referiu a agência sismológica chinesa.

“Quanto mais próximo da superfície o sismo estiver, mais forte irá ser sentido”, disse Rafael Abreu Paris, especialista do centro geológico norte-americano, o US Geological Survey (USGS), que estimou a magnitude em 5,4 na escala de Richter.

O sistema de monitorização geológico USGS PAGER, que prevê as consequências de sismos, emitiu um alerta vermelho, o que significa que se esperam mais danos e baixas.

O jornal oficial chinês Global Times disse que não há qualquer ferido em estado crítico, e que a maioria dos pacientes sofreu ferimentos na pele, na cabeça ou escoriações durante o sismo, que foi seguido por 52 abalos secundários.

O Ministério de Gestão de Emergências chinês iniciou após o sismo uma resposta de nível quatro, o nível mais baixo, e despachou equipas para realizar operações de resgate em Shandong, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.

A CCTV mostrou equipas em uniformes vermelhos a passarem por tendas de primeiros socorros, montadas no campo de atletismo de uma escola e cercadas por prédios aparentemente intactos.

“Apenas alguns edifícios de tijolos desabitados desabaram”, garantiu a televisão oficial chinesa, que acrescentou que a rede de distribuição de água e as infraestruturas de comunicação funcionavam normalmente na região.

No entanto, a circulação de centenas de comboios foi suspensa esta manhã, com as linhas de caminhos-de-ferro a serem alvo de inspeção em busca de possíveis danos, avançou a agência de notícias pública chinesa CNS.

Dezhou e a área em redor administrada pela autarquia têm cerca de 5,6 milhões de habitantes, de acordo com o portal do município.

O sismo foi sentido tanto na capital chinesa, Pequim, que fica a cerca de 300 quilómetros a norte de Dezhou, como em Xangai, a 800 quilómetros do epicentro.

Segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude, sendo o abalo de hoje na China considerado moderado (5,0-5,9).

A ocorrência de sismos é algo comum na China, mas raramente atingem o leste do país, onde está localizada a maior parte da população e as principais cidades.

Um funcionário da agência geofísica de Shandong disse à imprensa chinesa que a probabilidade de um sismo mais violento é “muito baixa”.