Segundo o Centro Sismológico Nacional da Universidade do Chile, o abalo foi sentido às 18.38 locais (22.38 de Lisboa), com o epicentro situado no mar a 72 quilómetros a oeste de Valparaíso, zona onde nas últimas 24 horas se sentiram mais de 100 tremores.

Ao início, as autoridades chilenas tinham quantificado a magnitude do sismo em 6,7 na escala de Richter, mas posteriormente elevaram-na para 6,9.

O tremor foi sentido nas regiões entre a de Coquimbo, no norte de Chile, e a de Biobío, no sul, sem que se tenham produzido alterações assinaláveis nos serviços básicos ou nas infraestruturas.

O sismo afetou 34 cidades repartidas pela zona central do país, numa extensão de 800 quilómetros de território.

O Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Armada (SHOA) informou que não há perigo de maremoto, mas as autoridades, de forma preventiva, ordenaram a retirada da população da orla costeira nas regiões de Valparaíso e O’Higgins.

Dezasseis minutos depois, esta ordem foi retirada e as pessoas, que tinham começado a procurar refúgio em locais seguros, autorizadas a regressar a casa.

O ministro do Interior, Mário Fernández, afirmou que o comportamento dos chilenos foi exemplar e que a situação no Chile é bastante normal, apesar da magnitude do sismo.

O mesmo elogio foi feito pelo chefe de gabinete da Presidente Michelle Bachelet, em declarações aos jornalistas no Palácio de la Moneda, sede do governo.

Reconheceu, que depois do terramoto, produziu-se um congestionamento do tráfego, em particular na cidade de Valparaíso, destacando a ausência de acidentes significativos.

O corpo dos Carabineiros do Chile informou que se registaram deslizamentos de terras e pedras na estrada internacional que liga à cidade argentina de Mendoza, onde o sismo também foi sentido com força, e desprendimentos similares no caminho Las Palmas, próximo de Valparaíso.