“A situação na frente leste deteriorou-se consideravelmente nos últimos dias. Isto deve-se principalmente a uma intensificação significativa da ofensiva inimiga após as eleições presidenciais na Rússia”, escreveu Syrsky na rede social Telegram, afirmando que as áreas “mais problemáticas” tinham sido reforçadas, em particular com defesas antiaéreas.

O exército russo está a atacar as posições ucranianas nos setores de Lyman e Bakhmut “com grupos de assalto apoiados por veículos blindados”, bem como no setor de Pokrovsk, acrescentou.

Syrsky explicou que “o tempo quente e seco tornou possível o acesso dos tanques à maior parte das áreas abertas”.

Apesar das perdas, o exército russo está a mobilizar “novas unidades blindadas”, o que lhe permite obter “sucessos táticos”.

Nos últimos dias, os russos intensificaram a sua pressão em torno de Chassiv Iar, estando agora esta importante cidade oriental “sob fogo constante”, segundo Kiev.

A cidade, situada no cimo de uma colina, fica a menos de 30 quilómetros a sudeste de Kramatorsk, a principal cidade da região controlada pelos ucranianos e um importante centro ferroviário e logístico para o exército ucraniano.

Syrsky afirmou que as zonas “mais problemáticas” foram reforçadas, nomeadamente com defesas antiaéreas.

“A questão da superioridade técnica sobre o inimigo no domínio das armas de alta tecnologia voltou a colocar-se”, afirmou.

“Só assim conseguiremos vencer um inimigo maior”, acrescentou o comandante ucraniano, acrescentando que também é necessário “melhorar a qualidade da formação do pessoal militar”.

Há meses que Kiev pede aos seus aliados ocidentais mais munições e sistemas de defesa aérea.

Mas a ajuda está a esgotar-se devido a bloqueios políticos em Washington, obrigando os soldados ucranianos a economizar nas munições.

O exército ucraniano também está a ter dificuldades em recrutar pessoal, face às forças russas, que são maiores e mais bem equipadas.