O presidente da Liga, António Nunes, fala ao matutino e decreve “situações inacreditáveis” e culpa a reforma da Proteção Civil, que criou comandos sub-regionais, em vez dos anteriores distritais.
“Ainda ontem [anteontem], tivemos um caso em que Viseu estava a precisar de bombeiros, os da zona Sul do distrito estavam todos em atividade e um corpo de bombeiros do distrito do Porto não saiu, porque pertence a outro comando sub-regional." [Recorde-se que Viseu e Porto já eram comandos distritais diferentes, antes da reorganização, que decorre da reorganização europeia em unidades territoriais].
Em Vila Pouca de Aguiar, o comandante Hugo Silva também denunciou, ontem de manhã, — ao JN — "que havia bombeiros parados no concelho vizinho de Vila Real que não deram apoio por falta de articulação."
Duarte Caldeira, presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil e antigo presidente da LBP, duvida que, “neste momento”, a ajuda de bombeiros estrangeiros seja útil: “A colocação de elementos de outro país pressupõe o enquadramento operacional”.
Duarte Caldeira realça, no mesmo artigo, que “não estamos numa situação de esgotamento de meios”, pois existem bombeiros a sul. Critica, à semelhança da LBP, a nova estrutura da Proteção Civil baseada em sub-regiões, pois “não obedeceu à análise operacional e racional”, sendo que “há mais chefes a mandar sem que resulte daqui melhor articulação” no terreno. Recorda, ainda, que a PSP e a GNR, bem como a lei de bases, mantêm o nível distrital na organização - lê-se no jornal.
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