Ao todo, a moção de Censura ao Governo socialista contou apenas com 12 votos a favor, todos feitos pelos deputados do partido que apresentou esta iniciativa na Assembleia da República, o Chega.

O texto foi chumbado com 133 votos contra, provenientes dos deputados do PS, PCP, BE, Livre e PAN. Já o PSD e a IL abstiveram-se, havendo assim 79 abstenções.

A moção de censura foi anunciada na sexta-feira pelo presidente do Chega, André Ventura, justificando com um conjunto de situações que passam pelo “caos absoluto na saúde”, as opções do Governo face ao aumento dos preços dos combustíveis, culminando no “ato politicamente mais grave” envolvendo o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

Intitulada "acabar com a deterioração constante da credibilidade do Governo e o empobrecimento crónico dos portugueses", o partido acusava o Governo de estar "sem estratégia".

No arranque do debate, o presidente do Chega justificou a moção com a "desorganização e desorientação" do Governo e recusou que a tenha apresentado "por qualquer motivo de agenda política".

"O senhor primeiro-ministro sabe que tem pela frente um desafio que já não consegue concretizar, a desorganização e a desorientação geral do Governo são prova disso mesmo. O caos na saúde, nos combustíveis, no aeroporto e um ministro que já não existe são a prova final que precisávamos de que este Governo já não está cá para exercer funções", afirmou Ventura.

Por sua vez, António Costa considerou que esta moção de censura do Chega ao Governo representa um exercício de oportunidade na competição da oposição e acusou este partido de “vociferar muito” e nada propor para o país.

Durante o debate - no qual o PS chegou a desafiar o PSD a votar contra a moção - foram feitas várias críticas ao Chega, da esquerda à direita, por ter avançado com uma iniciativa que "não responde aos problemas do país", apelidando-a de "frete ao Governo", "fútil", "chaga do populismo" e "mero número político".

A aprovação de uma moção de censura tem como consequência a demissão do Governo, cenário que não se colocou neste caso.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.