A Força Aérea da Ucrânia, por seu turno, anunciou que o país em breve terá armas para tentar impedir ataques russos, como o de sexta-feira.

A entrega do sistema de defesa aérea ‘Patriot’, prometido pelos EUA era esperado na Ucrânia para depois da Páscoa, disse o porta-voz da força aérea ucraniana, Yuriy Ihnat.

País predominantemente cristão ortodoxo, a Ucrânia está a preparar as celebrações da Páscoa no domingo.

Hoje, em declarações à televisão estatal ucraniana, Ihnat recusou dar um calendário preciso para a chegada do sistema de mísseis defensivo, mas disse que o público saberia “assim que a primeira aeronave russa for abatida”.

Um grupo de 65 soldados ucranianos completou o treino no mês passado em Fort Sill, um quartel do Exército dos Estados Unidos em Oklahoma, e já voltou à Europa para aprender sobre o uso do sistema de mísseis defensivo para rastrear e derrubar aeronaves inimigas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.