"Já me habituei a ser insultado por muitos dos meus adversários políticos e por todos aqueles que pretendem fazer uma condenação sem julgamento, mas nunca pensei que dentro do PS alguém [Ana Gomes] pudesse dizer coisas daquelas, insultando um camarada seu e fazendo o jogo dessa direita que pretende fazer uma condenação sem julgamento. A coisa mais horrorosa que há são esses comportamentos", respondeu José Sócrates aos jornalistas no final da Universidade de Verão, promovida pelo Departamento Federativo das Mulheres Socialistas (DFMS) da FAUL.
Em causa estão as críticas de Ana Gomes sobre a presença de José Sócrates neste evento institucional do PS - nas quais acusou a federação de Lisboa do partido de conivência com as "efabulações" do ex-primeiro-ministro - tendo o antigo governante considerado estas declarações "absolutamente repugnantes".
"O que eu acho que os portugueses esperam é que o Ministério Público se explique, é que o Ministério Público não abuse dos seus poderes. O Ministério Público não tem o direito de fazer o que está a fazer, portanto, neste momento quem está sob suspeição é o Ministério Público", respondeu ainda aos jornalistas quando questionado sobre o processo Operação Marquês, no qual foi constituído arguido em 2014 e chegou a estar preso preventivamente.
O ex-primeiro-ministro respondeu aos críticos e foi perentório: "eu nunca abandonei a vida política e só abandono a política quando eu quiser e não quando outros pretenderem uma espécie de ostracismo cívico".
"Devem ter estado distraídos, porque participei em imensos eventos do PS por todo o país nos últimos dois anos", atirou.
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